Bailundo celebra hoje 120 anos apostado no desenvolvimento

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O município do Bailundo, província do Huambo, assinalou, este sábado, 120 anos desde que ascendeu à categoria de vila, através do Decreto-Lei nº 54, do Boletim oficial número 1, assinado pelo capitão português Teixeira da Silva, em 1902, que anunciava a existência da primeira cidade criada pelos portugueses a nível da região Planalto Central.
É notório, nos últimos tempos, o crescimento nos sectores da Educação, Saúde e Habitação, proporcionando um desenvolvimento reforçado com a execução de projectos do Programa de Combate à Pobreza e do Plano de Intervenção nos Municípios (PIIM).

O administrador do Bailundo, Irineu Cândido Sacaála, destacou que, nos últimos cinco anos, as acções do Governo da província do Huambo, permitiram mudar, significativamente, a vida das populações, com a construção de escolas com sete salas de aula em cada comuna, nomeadamente Hengue, Luvemba, Bimbe e Lunje, além de centros e postos de saúde em cada uma das quatro localidades.

Muitas escolas que antes eram comunitárias, construídas com material precário, estão a dar lugar a novas estruturas de carácter definitivo. Isso, segundo o administrador, está garantir melhor qualidade de ensino e aprendizagem da massa estudantil do Bailundo.

Necessidade de mais escolas e professores

O sector da Educação no Bailundo tem registado cerca de 121 mil estudantes matriculados em todos os subsistemas de ensino.

O município tem dois mil professores, considerados insuficientes, pelo que necessita de pelo menos de mais 785 professores e cerca de 157 escolas para fazer face a cobertura do município.

O administrador municipal explicou que a jurisdição conta, igualmente, com uma extensão universitária, afecta a um dos Institutos Superiores Politécnicos privados do mercado local, que está a absorver todos os estudantes que terminam o II ciclo.

Bailundo está bem servido no sector da Saúde. Possui 33 unidades sanitárias, das quais um hospital municipal, seis centros e postos de saúde construídos nas quatro comunas.

Agricultura

A agricultura é dos sectores que mais cresce no Bailundo. O município produz quase tudo e a população é maioritariamente camponesa.

No quadro do combate à pobreza, a administração municipal tem apoiado cerca de 94 cooperativas e associações de camponeses, com sementes e fertilizantes, para aumentar a produção e garantir a dieta alimentar das famílias.

O administrador municipal destacou que a prioridade da sua administração está focada no combate à fome no seio da população.”Depois do desafio ser alcançado, haverá maior auto-suficiência alimentar e um progresso significativo”, adiantou.

Irineu Cândido prevê que, nos últimos cinco anos, a situação socioeconómica do Bailundo venha a melhorar, com o combate à fome e à pobreza no seio das populações rurais.

A piscicultura, sublinhou, é outro sector em que o município do Bailundo se tem mostrado bastante forte nos últimos anos. Trata-se de um sector no qual tem sido canalizado investimento privado. A título de exemplo, disse, na comuna da Luvemba, há um empresário que desenvolveu um projecto ambicioso, com a colocação de tanques de criação de peixe que tem estado a abastecer o mercado do Huambo e diferentes pontos do país.

Energia eléctrica

A chegada da energia proveniente da Barragem Hidroeléctrica de Laúca mudou a vida dos comerciantes, pelo facto de motivar o ressurgimento de pequenas e médias indústrias, como serralharia, carpintaria e moageiras. tendo reafirmado que o município do Bailundo é um dos que mais beneficiou nos últimos anos,fruto dos investimentos de âmbito central.

Uma subestação com capacidade de 20 mega watts, ligada ao sistema de Rede Nacional de Electricidade, garante o fornecimento de energia a mais de 130 mil famílias.

Ainda no quadro de novos investimentos, foi, igualmente, inaugurada, recentemente, pelo Presidente da República, João Lourenço, a Centralidade de Halavala, com capacidade de 3.005 apartamentos de tipologia T3.

Está igualmente em construção o sistema de captação e distribuição de água potável que vai abastecer a vila municipal e os seus bairros, bem como os futuros habitantes da Centralidade Halavala.

Está, igualmente, em fase de conclusão, a construção da Cidadela dos Jovens de Sucesso” e um centro de formação profissional, para a juventude aprender várias profissões.

Muito recentemente, foi lançada a primeira pedra para a construção do futuro Hospital Geral do Bailundo. Com capacidade para 200 camas, a unidade vai ter serviços de hemodiálise e outras especialidades, para evitar que os pacientes sejam evacuados para o Hospital Geral do Huambo.

O administrador mostrou-se satisfeito pelo facto de ver o desenvolvimento do município em vários domínios sociais, mas pede a participação de todos munícipes para que o Bailundo continue a ser uma referência no país. Pediu aos jovens que apostem igualmente na agricultura para que, com o apoio da administração municipal, seja garantida maior produção.

Irineu Cândido apontou a reabilitação das vias terciárias pressuposto fundamental para facilitar o escoamento dos produtos do campo para os centros de consumo.

As jornadas alusivas às festividades dos 120 anos do Bailundo tiveram início a 22 de Junho e terminam no dia 30 do mês em curso.

Rei satisfeito com o desenvolvimento

O soberano da ombala do Mbalundo mostrou-se satisfeito com o nível de desenvolvimento que o seu município está a ganhar nos últimos tempos, fruto dos investimentos que o Executivo angolano está a desenvolver nas comunidades, com intuito de melhorar a qualidade de vida das populações.

Isaac Francisco Lucas, com o cognome de Tchongolola Tchingonga I, destacou que, com a nova Centralidade de Halavala, muitos filhos do Bailundo e não só, vão concretizar o sonho da casa própria e muitos funcionários públicos, que actualmente vivem na cidade do Huambo, vão deixar de percorrer dezenas de quilómetros e gastos de dinheiro de táxi para cumprir as suas obrigações diárias nas comunas.

A energia eléctrica da barragem de Laúca, realçou o soberano, vai promover o desenvolvimento do empreendedorismo, visto que as pequenas e médias indústrias vão poder funcionar da melhor forma, bem como permitir conservar os frescos e melhorar a dieta das famílias.

Tchongolola Tchingonga I convidou os empresários nacionais e estrangeiros a investirem naquela região, para proporcionar mais emprego aos jovens, pelo facto de possuir muitos terrenos para desenvolver vários projectos agrícolas e a criação de indústrias.

O rei encorajou o Executivo a continuar a implementar o Plano Integrado de Intervenção nos Municípios (PIIM). “Nós, na qualidade de autoridades tradicionais, vamos ajudar e a pelar as populações à conservação destes equipamentos sociais posto à disposição das comunidades, para evitar que o Estado invista sempre nas mesmas coisas”, garantiu.

O Bailundo tem 382.494 habitantes, numa área de 7.065 kilómetros quadrados. O município está dividido por cinco comunas: Bailundo, Hengue, Lunge, Luvemba e Bimbe.

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