Angola encoraja UA a reflectir sobre os problemas dos jovens

 In Diplomacia

Angola apela ao Conselho de Paz e Segurança (CPS) da União Africana (UA) para encontrar os Estados-membros a fazerem uma profunda reflexão no sentido de melhorar as estratégias destinadas a enquadrar a juventude nos processos de decisão, inclusão social e de integração económica nacionais, regionais e continentais.

Ao falar ontem, na sessão do CPS dedicada à temática sobre a juventude, paz e segurança em África, o encarregado de Negócios da Embaixada de Angola na Etiópia em Representação Permanente Junto da UA, Coutinho Viquissi Copumi, sublinhou que os jovens constituem dois terços da população do continente, razão pela qual devem merecer uma atenção especial.

“Por falta de oportunidades ou de perspectiva de vida, “caravanas” de jovens arriscam a vida atravessando o Mar Mediterrâneo à procura de oportunidades na Europa, numa jornada em que uns morrem e os sobreviventes acabam sendo vítimas da escravatura moderna por causa dos trabalhos precários aos quais são submetidos”, alertou.

O diplomata acrescentou que “outra parte desta juventude tem sido mobilizada pelos agentes do terrorismo e do extremismo violento, ou seja, recrutados e radicalizados para propagar a morte e a destruição em regiões como o Sahel, Lago Chade, Corno de África e Norte de Moçambique, entre outras”.

Referiu que os Estados-membros devem evitar que a juventude seja mobilizada para agravar ainda mais os focos de tensão política ou conflitos militares já existentes, cujas consequências poderão ser incalculáveis e porem em causa a África pacífica, próspera e inclusiva que se almeja.

Coutinho Copumi afirmou que Angola está alinhada com as aspirações da Agenda 2063 da UA, tendo citado o Presidente da República, João Lourenço, ao afirmar que “os jovens não destroem, mas sim constroem; construíram a nossa Independência, construíram a paz e a reconciliação nacional e estão hoje a construir as infra-estruturas e o futuro de Angola”.

Recordou que em Novembro, o Governo angolano, em parceria com a União Africana e a Unesco, organizou a II Edição da Bienal de Luanda, Fórum Pan-Africano para a promoção de uma Cultura de Paz em África, com vista a contribuir para o silenciar das armas no continente.

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