Estabilidade macroeconómica incentiva investimento externo

 In Economy

A estabilidade macroeconómica, o aumento dos preços e da produção petrolífera nacional são factores cruciais,  para estimular o crescimento económico em 2022, confirma a Organização das Nações Unidas (ONU).

Segundo dados de um estudo divulgado, ontem, que cita a economista residente e responsável pelo acompanhamento das economias lusófonas, Helena Afonso. No entanto, salientou, “a economia continua abaixo dos níveis de produção pré-pandemia até 2023”.
Em entrevista à agência Lusa, na sequência da divulgação do relatório sobre a “Situação e Perspectivas Económicas Mundiais” deste ano, Helena Afonso afirmou que “este ano Angola deverá crescer 2,4 por cento, fruto de maiores receitas petrolíferas tanto pelo lado dos preços, como da produção, e de maior estabilidade macroeconómica, que incentivará o investimento”.
Relativamente à inflação, a previsão do UNDESA aponta para uma subida dos preços à volta de 20 por cento, o que desgasta os rendimentos das pessoas e reduz o consumo, mas modera face ao pico do ano passado devido à menor depreciação do Kwanza, redução do IVA e uma política monetária menos cómoda. Helena Afonso confirma que a economia de Angola, em 2022, deverá crescer pela primeira vez em seis anos, depois de ter contraído 4 porcento em 2020, a quinta consecutiva e a mais grave em 30 anos, e em 2021 estimámos um crescimento nulo dada à menor produção petrolífera, apesar do aumento dos preços”, disse a economista Helena Afonso, do Departamento das Nações Unidas para Assuntos Económicos e Sociais (UNDESA).
“A actividade económica em África continua a recuperar dos eventos sem precedentes de 2020, mas a um ritmo frágil, com a previsão de crescimento a ser marcada pela elevada incerteza e exposição a repetidas vagas de infecção por Covid-19, como se viu recentemente com a variante Ómicron”, escrevem os analistas da UNDESA.
No relatório sobre a Situação e Perspectivas Económicas Mundiais para 2022, lançado no fim-de-semana, que melhora a previsão de crescimento do ano passado de 3,4 por cento para 3,8 por cento, o UNDESA aponta que as medidas de mitigação da pandemia, como os confinamentos e proibições de viagens, foram os principais instrumentos usados pelos Governos, mas tiveram um impacto importante na actividade económica.
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