Kwenda beneficia mais de trezentas mil famílias

 In Social

O Programa de Fortalecimento da Protecção Social – Kwenda ultrapassou as metas estabelecidas para 2021, alcançando mais de 300 mil agregados familiares beneficiados com as transferências sociais monetárias.

Os dados foram anunciados ontem, em Luanda, na reunião de balanço do Programa Kwenda, um ano depois de ser apresentado publicamente (Maio de 2020). O relatório refere que as transferências sociais monetárias estão a chegar às famílias através da atribuição de cartões multicaixa, por via do telefone.

Acrescenta que, nestes casos, o Kwenda atribui um telemóvel a cada família, além da componente financeira, havendo ainda a modalidade em dinheiro, através de bancos e agentes locais de pagamento. Para colmatar a falta de energia eléctrica,, o Programa está a atribuir painéis solares para que os beneficiários possam recarregá-los.

Quanto à componente da Inclusão Produtiva, o projecto apoiou cerca de 17.000 beneficiários directos e 84.000 indirectos em iniciativas económicas e produtivas, com foco na agricultura, pesca, criação animal, produção de mel, corte e costura, moto-táxi, caixas comunitárias, transformação de produtos, artesanato, de acordo com a vocação das famílias.

Segundo a ministra de Estado para a Área Social, Carolina Cerqueira, que presidiu a reunião de balanço, o Kwenda afirma-se, hoje, como o principal programa de apoio directo às famílias necessitadas nas 5.102 aldeias de 35   municípios, das 18 províncias do país, nas quais já se encontra em implementação. “Com os resultados que já produziu, achamos ser uma boa oportunidade para partilharmos, hoje, informações sobre a operacionalização geral e local do mesmo e fornecermos dados actualizados sobre as metas alcançadas, que comprovam o compromisso do Executivo na mitigação, a curto e médio prazos, das vulnerabilidades que afectam, sobretudo, as crianças, idosos, deficientes e mulheres, chefes de família beneficiados, com a perspectiva imediata de superação da condição de pobreza em que se encontram os seus agregados familiares”, disse.

Destacou o facto do Kwenda permitir o empoderamento de jovens angolanos, sobretudo, nas zonas rurais e nas periferias urbanas, fazendo com que desempenhem um trabalho, socialmente, útil, que incrementem a proximidade e a abordagem directa com os destinatários do programa, num ambiente harmonioso e de valorização das pessoas, conhecendo e identificando as necessidades, dinâmica, preocupações e anseios, numa relação e inter-geracional do fortalecimento da solidariedade social.

“Assinalamos também como nota positiva o facto de podermos demonstrar, com dados estatísticos, a seriedade, o rigor e o empenho do Executivo no cumprimento das metas e prazos com que nos comprometemos, junto das famílias, da sociedade angolana e dos parceiros internacionais. O que nos leva a concluir que o Kwenda é um programa de sucesso comprovado, desenvolvido, exclusivamente, por quadros angolanos, tendo ultrapassado já as metas e expectativas que estavam definidas”, sublinhou.

De acordo com a ministra de Estado, o Kwenda é um programa social ambicioso do Executado, em parceria com o Banco Mundial, por ser “muito robusto, inclusivo nos propósitos e metas que se propôs alcançar durante o período de implementação, através da mobilidade social dinâmica e ascendente de   1.608.000 agregados familiares, entre Maio de 2020 e Outubro de 2023, com um orçamento total de 420 milhões de dólares, impactando directamente nas famílias mais vulneráveis elegíveis em todas as províncias”.

Mulheres beneficiadas

Estão cadastrados 536.333 agregados familiares e realizadas 302.044 transferências monetárias, das quais 59,1 por cento dos titulares do benefício são mulheres. Carolina Cerqueira acrescentou que l6.924 agregados familiares já foram integrados em alguma actividade geradora de rendimentos nos domínios da agricultura, pecuária, pescas, artesanato, corte e costura, moto-táxi, entre outras actividades produtivas.

“Estão em pleno funcionamento 12 CASI, que já atenderam 17. 595 pessoas individuais, facilitando-lhes o acesso a vários serviços de protecção social, com destaque para registos e documentos de identificação que, por sua vez, facilitam o acesso aos serviços de Saúde e Educação”, esclareceu.

A ministra de Estado disse que está consciente que ainda há muito por fazer e que os pequenos passos dados, até hoje, encorajam a continuar, pois os resultados mostram que se está na direcção certa: “Não é um programa de apoio de mera assistência que visa criar dependência, mas de auxílio directo que aponta no sentido contrário, que mobiliza as famílias para a superação de qualquer laço de dependência, transformando os beneficiários em promotores”, explicou.

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