Investidores podem refinar ouro em Angola

 In Economy

Angola voltou a produzir ouro e o Governo está atento à possibilidade de o produto ser refinado no país, sendo esse um dos motivos que fez com que o ministro dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás, Diamantino Azevedo, visitasse, quarta-feira, três refinarias de ouro do Dubai.
A visita visou colher experiências, que vão permitir uma melhor tomada de decisão. Diamantino Azevedo participou de três eventos sobre o sector e teve audiências com importantes gestores de empresas mineiras, transformadoras de minerais e com investidores.

Uma das entidades com quem o governante angolano reuniu, foi Bruce Cleaver, o chefe máximo da empresa de diamantes De Beers, com quem abordou o mercado mundial dos diamantes. O ministro adiantou que “há contactos regulares com a diamantífera sul-africana e disse que foi já criada uma comissão, que negoceia o regresso da De Beers a Angola”.

A “Bolsa de Diamantes de Angola” está prevista para o final deste ano. O titular dos Recursos Minerais explicou que a bolsa deve substituir, parcialmente, “aquilo que faz hoje a Sodiam”, já que o “processo de comercialização passará para a bolsa, conferindo maior transparência às vendas e mais ganhos para o Estado”.

A Sodiam, disse, “será reguladora e, juntamente com a Endiama, será accionista da Bolsa”. Em definitivo, o preenchimento de vagas no Pólo de Desenvolvimento Diamantífero de Saurimo corre bem, segundo o ministro.

“Divulgamos mais e sentimos, durante o evento e as audiências, a manifestação de interesse a montarem fábricas no Pólo e a apostarem em outros recursos minerais em Angola”, confirmou o governante.

Segundo produtor

O ministro Diamantino Azevedo discursou, ontem, na abertura da Conferência da Federação Mundial de Bolsas de Diamantes, perante presidentes de bolsas, gestores de empresas mineiras e vários outros actores-chave da indústria mineira mundial.

O governante angolano informou aos presentes que “Angola é o próximo Pólo mais importante de mineração e de atracção no investimento mineiro, dado o elevado potencial existente, às excelentes oportunidades de negócios e ao regime fiscal favorável”.

Nos últimos dez anos, prosseguiu, “Angola foi o único lugar do mundo aonde a sua produção cresceu por força das novas descobertas de jazigos de diamantes”. Por isso, acresceu, “Angola pode se tornar, em 2030, no segundo maior produtor mundial de diamantes brutos”.

Diamantino Azevedo disse que, com a reorganização do sector mineiro e reformulação dos processos de comercialização de diamantes”, em data a anunciar oportunamente, os representantes do mundo do sector podem visitar Luanda para o acto de inauguração da “Bolsa Angolana de Diamantes”.

Diamantino Azevedo reconheceu o papel da Federação Mundial de Bolsas de Diamantes, da qual “Angola espera ser membro”, e terminou com um novo apelo ao investimento no Pólo de Desenvolvimento Diamantífero de Saurimo.

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