PR João Lourenço participa na cimeira da CEEAC

 In Diplomacia, Politics

O Presidente da República, João Lourenço, participou hoje em Brazzaville, nos trabalhos da vigésima sessão ordinária da conferência de Chefes de Estado e de Governo da Comunidade Económica dos Estados da África Central (CEEAC).

A cimeira que decorreu no Centro Internacional de Conferências de Kintelé,  nos arredores da capital congolesa, contou com uma reunião de cúpula com intervenções de quatro individualidades, nomeadamente o representante especial do Secretário-geral das Nações Unidas para a África Central, François Louncény Fall, o presidente da Comissão da União Africana, Faki Moussa Mahamat, o presidente da Comissão da CEEAC, o embaixador angolano Gilberto da Piedade Veríssimo, bem como o Presidente da República do Congo e Presidente em exercício da Comunidade Económica dos Estados da África Central (CEEAC), Denis Sassou N’guesso.

Seguiram-se os  trabalhos à porta-fechada, com a participação exclusiva dos Chefes de Estado e equipas reduzidas das suas comitivas, para discutiram o plano de acção para o presente ano e uma declaração sobre a Mulher, a Paz e a Segurança em África.

No perido da tarde foi lido o comunicado final e dado seguimento a agenda de sete pontos, que incluiu a transferência de poder na presidência da CEEAC, entre o Presidente Denis Sassou N’guesso (do Congo) e Félix Tshisekedi (da República Democrática do Congo).

A Comunidade Económica dos Estados da África Central é um bloco económico sub-regional integrado por onze países (Camarões, Gabão, Angola, Tchad, Guiné Equatorial, Burundi, República Centro Africana, São Tomé e Príncipe, Congo, República Democrática do Congo e Ruanda) que tem entre os seus propósitos implementar uma política comum visando eliminar impostos alfandegários entre os Estados membros, estimular o livre movimento de bens, serviços e pessoas; fazer avançar o desenvolvimento industrial no seu seio, entre outras aspirações.

No médio-longo termo, a CEEAC bate-se pela melhoria das ligações terrestres entre os países que integram o grupo, por existir a consciência de que a mobilidade é um dos seus elos mais fracos enquanto bloco económico.

O presidente da sua Comissão, o angolano Gilberto Veríssimo, é citado de modo recorrente a referir-se ao excessivo tempo que leva a fazer distâncias de poucas centenas de quilómetros entre alguns países membros, situação que não facilita as trocas comerciais e atrasa, nitidamente, o progresso económico.

Apesar da sua vocação eminentemente económica, a CEEAC tem sido chamada também a debater questões de segurança e de paz, desafio inevitável atendendo ao contexto que rodeia alguns dos países membros. Muitos dos Estados que compõem o grupo enfrentam insurgências permanentes ou latentes, reportam-se acções localizadas de guerrilha alimentadas por ambições políticas e de natureza patrimonial, como o saque de riquezas estratégicas, e, num cenário mais recente, já há evidências de acções de terrorismo de inspiração confessional, com radicais islâmicos fazendo-se explodir em ataques suicidas em vilas e vilarejos.

 

 

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