Ministra de Estado advoga prevenção de conflitos no continente
A Bienal de Luanda “ficou mais consolidada” e mais próxima de juntar governos, sociedade civil, sector privado e organizações internacionais no resgate da paz, manutenção e prevenção de conflitos, afirmou ontem, em Luanda, a ministra de Estado para a Área Social.
Carolina Cerqueira, que falava no encerramento da II edição da Bienal de Luanda, na qual participaram líderes africanos ao mais alto nível, vaticinou que o evento seja transformado num movimento permanente de prevenção de conflitos, a chamada “aliança de parceiros”.
Ao longo da intervenção, a ministra de Estado apelou para a necessidade dos africanos valorizarem a identidade e usufruírem de todas as vantagens que o mundo oferece a nível da ciência, tecnologia e inovação.
“As nossas línguas, os nossos ritmos, as nossas tradições e nossas danças devem ser ferramentas de unidade na diversidade e interacção entre os povos”, afirmou a ministra de Estado, que apontou a fome, pobreza, insuficiência de infra-estruturas económicas e equipamentos sociais capazes de garantir o bem-estar das po-pulações, como principais desafios do continente.
Para a construção de uma África desenvolvida e capaz de enfrentar os desafios, a ministra de Estado para a Área Social defendeu a busca de parcerias dentro e fora do continente, contando com a “vitalidade” das diásporas africanas.
A cerimónia de encerramento da Bienal de Luanda também foi marcada por várias intervenções, entre elas, a da comissária para a Economia Rural e Agricultura da Comissão da União Africana, a angolana Josefa Sacko, dos presi
dentes da Conferência Geral da UNESCO e da Comunidade Económica dos Estados da África Central, respectivamente, Santiago Mourão e Gilberto Veríssimo. O secretário-geral da Organização dos Estados de África, Caraíbas e Pacífico, Georges Chikoti, também discursou no evento, salientando que a organização que dirige reúne 79 Estados-membros de três continentes, e uma população de mais de 1,1 mil milhões de pessoas, cuja riqueza e diversidade cultural, social, política e económica constituem “um verdadeiro catalisador” para o desenvolvimento e cooperação.