Vice-Presidente destaca estratégia de Angola sobre as metas climáticas
A Vice-Presidente da República, Esperança da Costa, informou terça-feira, na Cimeira dos Líderes Mundiais sobre Acção Climática, que Angola tem concebido de forma muito consistente estratégias, programas e projectos diferenciados para intensificar os compromissos globais conducentes às metas climáticas e simultaneamente garantir a melhoria das condições de vida das populações.
Ao discursar no primeiro dia do segmento de Alto Nível da COP29, em Baku, Azerbaijão, Esperança da Costa sublinhou que essas estratégias visam reduzir a pobreza e propiciar um ambiente de harmonia na região da África Austral, através da cooperação profícua, por via da gestão partilhada de recursos hídricos transfronteiriços.
Esperança da Costa reforçou que o país continua a implementar o Programa de Combate aos Efeitos da Seca no Sul de Angola, com a construção de novas barragens e a promoção do desenvolvimento agropecuário, assim como o fortalecimento da segurança alimentar, conferindo maior resiliência às comunidades.
Ao dirigir-se aos vários líderes mundiais presentes na capital do Azerbaijão, Esperança da Costa disse que está em curso, no país, o Plano Nacional de Adaptação às Alterações Climáticas e em revisão estão as Contribuições Nacionalmente Determinadas (NDC) para 2025, que se vão se concentrar no setor dos transportes e energia.
Destacou também a Estratégia Nacional para as Alterações Climáticas 2035, que integra questões sobre como lidar com as mudanças climáticas abruptas de forma transversal nas políticas nacionais, bem como o financiamento, a melhoria da pesquisa, a observação e análise dos cenários climáticos, de modo a Identifique os múltiplos perigos e compartilhe dados para responder a diferentes problemas relacionados às alterações climáticas, incluindo as migrações vinculadas a situações inteiras de um determinado espaço geográfico.
Esperança da Costa que disse que a seca e a desertificação no Sudoeste de Angola continuam a ser a principal preocupação do Governo, uma vez que o fenómeno tem reflectido melhorias nas comunidades e nos programas de desenvolvimento. Fez saber que, à semelhança de outros países da região africana, Angola tem vindo a enfrentar desafios diversos gerados por impactos significativos das alterações climáticas.
Em poucos minutos de discurso, Esperança da Costa assinalou também os esforços do Governo para o fortalecimento da matriz energética nacional, com energias renováveis, que actualmente já contribui com 66 por cento de energia proveniente de projectos fotovoltaicos e hidroeléctricos. Indicou que Angola prevê atingir 72 por cento de energias renováveis até ao final de 2027, reflectindo, assim, o compromisso em abordar a poluição, a redução da emissão e promover uma transição para uma economia de baixo carbono.
“Consideramos a valorização das florestas como uma nova visão para beneficiar a criação de empregos verdes, para que a juventude e as comunidades possam ser incluídas na gestão dos ecossistemas florestais”, ressaltou.
Esperança da Costa disse que o país continua também a envidar esforços para o aumento das áreas de conservação terrestres e iniciou um vasto programa de identificação de zonas marinhas ecologicamente específicas para a criação de redes diárias marinhas protegidas, fator chave para o desenvolvimento da economia azul.
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