Deputados satisfeitos com audição ao Ministro Diamantino Azevedo

Deputados satisfeitos com audição ao Ministro Diamantino Azevedo
POLITICS
  12-6-2024

Os deputados afectos à 5ª Comissão da Assembleia Nacional (AN) afirmaram, terça-feira, estarem satisfeitos com a audição parlamentar feita ao ministro dos Recursos Minerais e Petróleos, Diamantino Azevedo, mas apontaram sugestões e contribuições aos projectos em curso no país, avançados pelo titular da pasta.

Na sessão, os parlamentares colocaram várias questões ao ministro, fundamentalmente aquelas ligadas aos projectos como, por exemplo, a descarbonização e situação ligada ao conteúdo local, que têm a ver com as empresas nacionais, que contribuem e prestam serviços na área Petrolífera, e desígnios sociais apresentados.

Em relação à descarbonização, o deputado João Mpilamosi referiu que os parlamentares sugeriram ao ministro que apresente, dentro dos próximos seis meses, um estado actual sobre o referido projecto em curso no país.

De acordo com o político, as questões ambientais têm sido fundamentais e que o país tem licitado mais blocos petrolíferos, pelo que se precisa que os projectos ligados ao ambiente tenham em consideração esses aspectos, apesar do compromisso de até 2050, meta estipulada pelo Acordo de Paris, para que o mundo chegue naquele ano com emissões zero de gases do efeito estufa.

Por isso, fez saber, era importante que os deputados tivessem um relatório e uma avaliação do ponto de situação sobre aspectos relacionados com o ambiente.

No âmbito do conteúdo local, João Mpilamosi disse que os deputados aconselharam o Ministério dos Recursos Minerais e Petróleos a apresentar um relatório de avaliação sobre o grau de execução daquele sector.

Para João Mpilamosi, seria de "extrema" consideração se o Executivo aumentasse a percentagem da contribuição do conteúdo local, até 10 por cento, tendo em conta a actual fatia que representa o mesmo na cotização de um empresário, quadro ou funcionário que faz parte dos serviços da Sonangol e de outros sectores do Ministério.

Ainda assim, sublinhou que seria imprescindível que o Ministério dos Recursos Minerais e Petróleos fornecesse, igualmente, ao parlamento os diversos planos em curso, fundamentalmente no âmbito do apoio social.

"Queremos saber qual é a listagem de todos os programas e contribuições que o sector fez no âmbito social. Temos a certeza que estão em construção várias academias de ensino petrolífero e no domínio da formação, asseguramos que o Ministério tem contribuído, mas ainda assim precisamos ter esses dados de maneira que possamos também informar com precisão os cidadãos que representamos", pronunciou.

Por seu turno, Rafael Savimbi, do Grupo Parlamentar da UNITA, regozijou-se com as declarações do ministro, porém, salientou que ficou ainda por se responder o grau de implementação das metas dos projectos e, por exemplo, que se refira, nas próximas audições, o número concreto de empresas estrangeiras, assim como o número dos trabalhadores para "termos a noção da soma de funcionários angolanos do sector".

"É importante haver espaço para os angolanos entrarem para este sector”.

António Gaspar |

Jornalista