PRODESI garantiu financiamento de 879 mil milhões de kwanzas

 In Economy

O Programa de Apoio à Produção, Diversificação das Exportações e Substituição das Importações (PRODESI) facilitou o desembolso financeiro de 879 mil milhões de kwanzas a favor de 1 043 projectos aprovados de 2019 a 2021.

Os dados foram avançados, ontem, em Luanda, na habitual conferência de imprensa semanal, também designado “Briefing Bissemanal”, do Ministério da Economia e Planeamento (MEP), pelo director nacional para a Economia, Competitividade e Inovação.

João Nkosi, no balanço da semana de 15 a 21 de Janeiro, disse que os resultados acima referenciados foram conseguidos mediante a combinação de iniciativas do Governo, que mobilizou vários instrumentos financeiros de entidades públicas e privadas.

Conforme detalhou o responsável do MEP, para a concretização do PRODESI, dois dos instrumentos financeiros mais activos são o Aviso 10/20 do Banco Nacional de Angola (BNA) e a linha de crédito do Deutsche Bank da Alemanha.
Os dois juntos disponibilizaram apoios de 785 mil milhões de kwanzas, equivalentes a 89,4 por cento.

O Aviso 10/20 concedeu crédito de 596 mil milhões de kwanzas a favor de 338 projectos aprovados, enquanto a linha do Deutsche Bank outros 189 mil milhões de kwanzas a oito projectos.

Fazem ainda parte dos instrumentos financeiros, segundo o director João Nsoki, as  Medidas de Alívio Económico, com um registo de 43 mil milhões de kwanzas, correspondentes a 528 projectos aprovados, seguido do Projecto de Apoio ao Crédito (PAC), com 48 mil milhões para 25 projectos.

Há ainda o Fundo de Apoio ao Desenvolvimento Agrário (FADA) que registou um desembolso de 2,2 mil milhões a 142 projectos e os Outros Instrumentos e Produtos Financeiros da banca comercial com cerca de 500 milhões de kwanzas a favor de  dois projectos.

Em relação à distribuição de projectos por províncias, Luanda lidera com 209, seguida  do Bié (75), Benguela (74), Cuanza-Sul (72), Huambo (71), Huíla (67), Bengo (64), Namibe (61), Malanje (54), Uíge (51) e Cuando Cubango (41). No grupo das que têm números abaixo de 40 projectos aprovados figuram Cuanza-Norte (38), Lunda-Sul (33), Cunene (31), Cabinda (28), Zaire (26), Lunda-Norte (25) e Moxico (23).

Quanto à distribuição por sectores, Agricultura tem 565 projectos, seguem-lhe o Comércio e Distribuição (196), Indústria Transformadora (102), Pecuária (49), Pesca Marítima (36), Indústria Alimentar  e Bebidas (30), Pesca Continental (28), Aquicultura (23), Prestação de Serviço (3) e Têxteis, Vestuário e Calçado (1).

Na semana passada, segundo João Nsoki, não foram aprovados novos projectos, mas encontram-se em negociação na banca mais 35,  sendo o Aviso 10/20 do BNA com 24 e o PAC com  os restantes 11.

“Os projectos em negociação deram entrada este mês e estão na fase de análise, tendo como período máximo para aprovação os próximos 45 dias, constituindo assim nos primeiros registos de aprovação deste ano”, disse.
Dos referidos projectos sob análise, 18 são da Agricultura, dois (2) do Comércio e Distribuição, três (3) da Indústria, cinco (5) da Pecuária e quatro (4) da Pesca Marítima, além de mais outros três (3) de áreas aqui não especificadas.

Financiadores

De acordo com informações avançadas pelo MEP, para a concretização dos diferentes processos em execução no âmbito do PODESI, mais de 20 instituições financeiras privadas e algumas do Governo continuam a dar o total apoio. O objectivo é que o Executivo concretize os programas traçados no Plano de Desenvolvimento Nacional (PDN 2018-2022).
É nesta senda que, desde 2019 até a presente data, os bancos têm aprovado  e financiado os projectos do sector produtivo, destacando-se o Banco de Desenvolvimento Angolano (BDA) com 536 projectos, FADA (142), Banco Angolano de Investimentos (76), Banco Internacional de Crédito (55), Banco de Fomento Angola (35), Banco de Negócio Internacional (26), Keve (22) e também o Banco de Comércio e Indústria (20). Há ainda outros  projectos aprovados e apoiados por outros bancos.

Com o PRODESI, o Governo lançou também a iniciativa de registar, através do Portal do Produtor Nacional, os que pelo país estão a lançar mão ao incentivo, e valorização da produção feita por cidadãos locais.

O Portal, além de controlar a localização dos produtores, também permite que as compras futuras aconteçam por via de encomendas com prazos de entrega determinados.

Huíla e Cunene formalizam mais de 10 mil agentes

Um total de 10 mil operadores  residentes nas províncias da Huíla e Cunene vai ser formalizado até a segunda semana de Fevereiro.

Estima-se que a meta do Executivo seja rapidamente alcançada,  porquanto o programa apresenta já indicadores estimados em 50 por cento do previsto.

Informações avançadas pelo director do Gabinete para a Política da População, Celso Borja, adiantam que os números do Programa de Reconversão da Economia Informal (PREI) revelam uma trajectória crescente e que a meta de formalização estabelecida seja, em razão disso, rapidamente alcançada.

Em termos acumulados, desde Janeiro do ano passado, o programa registou já uma cifra de 54 mil operadores formalizados. Só no lançamento do processo de aceleração, isso em Novembro do ano passado, a nível dos mercados de Luanda, formalizaram-se 37 691 operadores. A meta do Governo era de atingir duas mil micro empresas, já atingida.
Actualmente, disse Celso Borja, o programa fechou com cerca de 45 mil operadores formalizados em 2021. Para 2022, pretende-se atingir outros 55 mil, para chegar-se aos 100 mil pretendidos.

O ministro de Estado da Coordenação Económica, Manuel Nunes Júnior, presidiu ao lançamento da estratégia de aceleração ao Programa de Reconversão da Economia Informal (PREI), uma iniciativa que retira do circuito informal empreendedores até então excluídos do sector formal.

Programadas 79 feiras de produção nacional
OMinistério da Economia e Planeamento tem estado a realizar Feiras de Produção Nacional, com o objectivo de promover os bens locais, pelo que previu, para este ano, concretizar 79 eventos do género.

Em termos de distribuição de algumas já calendarizadas, Luanda ficou com 25, Bié 16, Moxico nove (9), Bengo seis (6) e Lunda-Sul cinco (5), respectivamente. Mantém-se o objectivo de a iniciativa envolver todo o país, numa primeira fase as capitais de províncias, mas podendo chegar a outros municípios como aliás já ocorreram em 2020 e 2021.
Este ano, disse João Nsoki, foram já realizadas três feiras nas províncias da Huíla, Bié e Lunda-Sul.

Na feira de produção da Lunda-Sul , três operadores receberam um financiamento para a compra da produção nacional  e outros seis contratos celebrados de compra futura, num montante avaliado em 6,5 milhões de kwanzas, foram registados.
Os números de realizações do programa poderão aumentar, uma vez ser o principal foco do Governo fazer com que os municípios, associações e demais agentes do comércio realizem feiras, de formas a permitir que o produtores tenham a possibilidade de venderem os produtos.

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