Portugueses declaram confiança no mercado angolano

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A jornada de ontem, na 36ª Feira Internacional de Luanda (FILDA), foi marcada pela celebração do Dia de Portugal no certame, onde convergiram representantes institucionais e empresariais que manifestaram visões optimistas quanto ao futuro da cooperação comercial entre o país ibérico e Angola.

Após ter visitado o pavilhão de Portugal, o embaixador daquele país, Pedro Pessoa Costa, participou num almoço de confraternização em que declarou que a relação entre Portugal e Angola é de confiança e que as empresas portuguesas estão disponíveis para apoiar o nosso país no  processo de diversificação da economia.

“Continuaremos sempre a fazer isto e continuaremos a apoiar Angola em novas estratégias para que os produtos ‘Made in Angola’ possam ser exportados para outras geografias, bem como na formação dos recursos humanos e na transferência de tecnologias”, prometeu o diplomata.

O delegado da Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal (AICEP) em Angola, Miguel Fontoura, considerou, no recinto da exposição, que a participação de empresas portuguesas no certame traça uma perspectiva moderadamente optimista para os próximos dois anos e animadora no médio prazo.

“As empresas olham com optimismo moderado os próximos dois anos, mas sobretudo o médio prazo, daqui a cinco, a dez anos. Angola está realmente a fazer um esforço de diversificação que vai dar frutos”, destacou o responsável da AICEP.

Miguel Fontoura recordou que empresários nacionais e luso-angolanos estiveram recentemente com o Presidente português, Marcelo Rebelo de Sousa, num jantar que assinalou, no último domingo, o final da sua passagem recente por Luanda, onde teve oportunidade de auscultar o sentimento do meio empresarial em Angola.

“Foi muito útil para o Presidente ter um retrato daquilo que são as dificuldades, os triunfos, as ansiedades e as perspectivas para o futuro”, observou Miguel Fontoura, realçando entre os principais pontos o facto de as empresas portuguesas continuarem “a acreditar no mercado” angolano e se terem “reinventando e resistido”, numa altura em que o país entra no sexto ano de recessão económica e, tal como o resto do mundo, ressente-se do impacto negativo da pandemia.

Entre as preocupações expressas pelos empresários estão a nova variante Ómicron, devido à incerteza que coloca em termos de circulação de pessoas, bem como as dificuldades de um mercado que “é muito promissor”, mas continua em ciclo recessivo.

Empresas expositoras

Num espaço de 324 metros quadrados, o stand de Portugal tem exposta uma grande diversidade de produtos, incluindo materiais de construção civil, medicamentos, produtos alimentares, maquinaria, equipamento, e uma oferta representativa do sector de serviços proposta por oito empresas daquele país.

Oito empresas estão alojadas no pavilhão, nomeadamente, a Tecnovia, Grupo Miamop, Sicasal, Villas e Golfe Portugal, Longlife – Saboaria Artesanal Portuguesa, Delta-Cafés e Ferpinta.

“Portugal nunca ficaria à margem  da FILDA”, afirmou o embaixador em Angola, numa eventual referência ao número modesto de participações do país, que já chegou a trazer dezenas de expositores ao certame, no que foi secundado pelo presidente da AICEP, Luís Castro Henriques, que considerou que a representação do país “demonstra o compromisso que Portugal tem com Angola”.

Luís Henriques elogiou o esforço feito pelas autoridades angolanas em parceria com a empresa Eventos Arena, pela realização da feira, num momento em que a pandemia ainda continua a afectar negativamente a economia

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