Porto concorre para 36 milhões de toneladas ano

 In Economy

O Porto de Luanda procura, dentro do seu “Plano Director”, desenvolver acções que permitam chegar a um movimento anual de 36 milhões de toneladas de carga, anunciou ontem, em Luanda, o administrador para Área Comercial, Gestão e Tecnologias de Informação, Miguel Pipa.

Em 2021, a carga movimentada pela empresa portuária de Luanda atingiu 14 milhões 229 mil toneladas, um aumento de 19 por cento, comparado ao ano de 2020, altura em que manuseou perto de 12 milhões de toneladas. Em 2020, atracaram no Porto de Luanda 3 mil 878 navios de longo curso, menos 41 navios (um por cento) em relação ao movimento verificado no ano passado.

Dentro de 18 anos (em 2040), a direcção do Porto de Luanda quer concluir todas as acções previstas no seu “Plano Director”, em curso desde 2020. Miguel Pipa, que falava à imprensa à margem do nono Conselho Consultivo da empresa pública, referiu que, no âmbito da implementação do “Plano Director” estão previstas acções que tendem o desenvolvimento harmonioso e modernização do principal porto do país.

Entre as acções, acrescentou, consta a construção de um Terminal de Cruzeiros, de um estaleiro naval, tal como a zona marítima deve sair da profundidade actual, de 12,5 metros, para 16 metros. “O Plano Director” prevê ainda a montagem de equipamentos tecnológicos de ponta, que devem tratar, com eficiência, o processo de carga e descarga de mercadorias.

Para Miguel Pipa, o “Plano Director” tem como objectivo tornar o porto mais competitivo, quer a nível nacional, quer a nível regional e internacional, e aumentar a capacidade institucional, para se tirar maior partido do potencial marítimo nacional. “Vamos trabalhar, no sentido da infra-estrutura estar apta, para fazer com que as cargas dos países vizinhos venham a passar por aqui, fruto da sua eficiência, em termos de manuseamento”, disse.

O plano do Porto de Luanda começou a ser implementado em 2020, prevendo-se o seu término para dentro de quase 21 anos, disse o administrador sublinhando que, entre as várias acções a serem executadas ao longo do período, alguma iniciativa já está em curso, como é o caso do Sistema de VTs.

Entre as acções a implementar, consta o “Sistema de VTs”, que é um módulo serviço de apoio à navegação marítima, que permite maior segurança de navegação na Baía de Luanda e na zona de jurisdição do Porto. Entre as várias iniciativas em curso, está o programa de digitalização, que visa a simplificação do processo documental para a autorização da saída de mercadorias, algo que tem já apresentado proveitos, fruto de uso intensivo das tecnologias de informação. “Há 10 anos, este processo era tratado dentro de cinco dias, mas, hoje, a tramitação documental faz-se em apenas um dia”, disse.

A área de jurisdição do Porto de Luanda começa no Farol da Ilha do Cabo (Ilha de Luanda) e termina no Farol das Lagostas, sendo que a proposta é de que se alargue até a foz do rio Dande. O nono Conselho Consultivo do Porto de Luanda, que durou quase quatro horas, apenas, discutiu, entre outros temas, o novo plano de ordenamento do Porto de Luanda, falou dos desafios da digitalização da instituição e do sistema de segurança.

A apresentação do “Plano Director” foi o momento que mais debate suscitou, junto de uma plateia formada por deputados, membros do Executivo e das associações de navegação e transitários e representantes de despachantes oficiais.

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