País poupa USD 100 milhões com redução de importação

 In Economy

O Estado angolano poupou cerca de 100 milhões de dólares na importação de açúcar e etanol em 2021, com a produção de 120 mil toneladas e 18 mil metros cúbicos desses produtos, fabricados no Pólo Agro-industrial de Capanda, no município de Cacuso, em Malanje, pela Companhia de Bioenergia de Angola (Biocom).

A informação foi avançada, terça-feira, pelo director de Planificação da Biocom, Elton Machado, que referiu, igualmente, que foram produzidas, no ano passado, um total de 120 mil toneladas de açúcar cristal, que cobriu 40 por cento das necessidades do mercado nacional, que consome anualmente 350 mil toneladas.

De acordo com o responsável, este ano prevê-se alcançar uma produção de açúcar a cima da regista no ano passado, uma vez que a fábrica tem capacidade para suprir 50 por cento das necessidades do mercado nacional. Em relação a 2020, a empresa registou  um  aumento de 20 mil toneladas.

Quando o projecto atingir a sua maturidade em 2025, referiu, a companhia terá uma capacidade de produção de 2,2 milhões de toneladas de cana-de-açúcar, 250 mil de açúcar cristal branco, 37 mil metros cúbicos de etanol neutro e 136 mil megawatts de energia eléctrica limpa renovável.

Segundo dados avançados, a Biocom tem disponível 38 mil hectares destinados à plantação da cana-de-açúcar. Quanto ao investimento anual, este ronda os 40 milhões de dólares norte-americanos, que servem para a actividade agrícola, aquisição e manutenção de máquinas, entre outros, para manter a operacionalidade dos serviços. Desde a sua criação, em 2009, a empresa já investiu mais de 400 milhões de dólares norte-americanos.

Novos empregos

A Biocom prevê, ainda, para este ano, a criação de 700 novos postos de trabalho, totalizando, assim, uma força de trabalho de três mil e 700 trabalhadores e a geração de mais de 37 mil novos empregos indirectos. Actualmente, a empresa conta com uma força laboral de mil e 700 colaboradores. O ano passado foram criados cerca de 800 novos empregos.

Para Elton Machado, a componente formativa constitui o foco da empresa, alinhada às estratégias do Executivo para o desenvolvimento da agro-indústria nacional, o aumento e diversificação da produção e a redução das importações, além da promoção da empregabilidade.

“O nosso principal desafio é a formação de quadros e a geração de empregos. O objectivo é crescer para que nos próximos anos possamos alcançar 100 por cento da capacidade de produção. Por este motivo, mais de dois mil e 500 funcionários vão beneficiar de formação este ano em diversas áreas”, concluiu.

 

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