Nelo Carvalho está de volta com o álbum “Njila Yami”

 In Cultura

“Njila Yami” é o título do novo disco do músico Nelo de Carvalho, que é apresentado ao público no domingo, na Praça da Independéncia, em Luanda, e dois dias depois no Namibe, com um concerto de apresentação marcado para o dia 12 deste mês, no Palácio de Ferro.

Numa proposta artística diversificada, com semba, rumba, Zouk, bolero, komba e reggae, o músico regressa ao mercado após um hiato de anos. Produzido pelo artista, o CD, que em português significa “O Meu Caminho”, traz uma sonoridade estética diferente dos anteriores trabalhos.

Os sons, com mensagens de estórias e sentidos da alma angolana, falam sobre as perdas, o amor, a esperança e o desejo. O disco, que Nelo Carvalho considera o mais angolano da sua carreira, tem 14 faixas.

Para o CD, o músico convidou os instrumentistas Teddy Nsingui, Kintino, Pirika Duia, Nelas do Som, os percussionistas Joaozinho Morgado, Xiko Santos, Jorge Mulumba (puita), Dinho Silva (bateria), Marito Furtado, Jack Nsaka e Mayo Bass (baixo).

Diferente dos álbuns anteriores onde os duetos estavam em evidência, “Njila Yami” tem apenas um tema partilhado com Prince Wadada, no estilo reggae. Quanto à composição de alguns temas teve o apoio de Paulo Flores, Carlos Baptista, Paulo Abreu de Lima, Alberto Monteiro “Beto” e Armindo Monteiro “Mindo”, colegas da Banda Raízes.

“Njila Yami” vem suceder “Encontros”, “Reencontros” e “Las Voces e Los Cantos”.

Natrual de Luanda, Nelo de Carvalho começou a carreira artística no Namibe, aos 15 anos, como baterista nos Mini-Jovens. Em 1975 emigra para Portugal, onde em Portimão conhece Chico Leite com quem interpreta temas de Duo Ouro Negro e outros clássicos angolanos.

Ao longo da carreira fez parte do conjunto África Tentação, com os quais gravou os LP’s “Angola 79” e “Mulher de Angola”. Depois, com Armindo Monteiro e o brasileiro Paulo Pimenta, criou o Trio Raízes, que actuava nas noites de Lisboa e, anos mais tarde, passou a acompanhar o Duo Ouro Negro.

Em 1981 criou o Trio Son Latino com Beto Monteiro, tendo como marca a salsa, merengue, rock latino e flamengo. Regressa a Angola em 1992 e decidiu inovar com o conceito “banda de um único homem”, usando a guitarra e uma caixa nas actuações e assim dar uma sonoridade diferente. Com esta inovação conseguiu conquistar o público de Luanda, assim como gravou, em 1999, um álbum ao vivo, versão de “Belita”, de Artur Nunes, que se tornou um sucesso depois de ter colocado cunho próprio ao tema.

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