Formalizados mais seis mil agentes económicos

 In Economy

O processo de aceleração do Programa de Reconversão da Economia Informal (PREI) permitiu, nos primeiros 15 dias do corrente ano, a formalização de seis mil e cem micro empresas, segundo dados disponibilizados, ontem, em Luanda, pela secretária de Estado para a Economia.

Dalva Ringote, que presidiu o habitual briefing bissemanal do Ministério da Economia & Planeamento, disse que desde o inicio do PREI até a presente data, o sector tem já registado 49 190 micro empresas formalizadas.

As metas fixadas foram já superadas em largo percentual, como resultado do processo de aceleração nos mercados informais. A perspectiva inicial era de atingirem-se duas mil micro empresas até o final deste ano.
De acordo com a secretária de Estado, das 49 190 micro empresas formalizadas, 1 328  foram alcançadas em 2020; 42 472,  em 2021, e 6 100  este ano.
Em termos de sector, 70 por cento dos agentes formalizados são comerciantes e 30 por cento pertencem à categoria de micro e pequenas empresas.
A maior parte do processo de formalização foi alcançado a nível dos mercados informais, com destaque ao Mercado Abastecedor do 30, vulgo Praça do Km 30, no Mercado Municipal do Luanda Sul e o Mercado Kicolo. Há, de igual modo, processos derivados do Ministério da Administração do Território (MAT).
Dalva Ringote indicou como pretensão do Executivo, até ao final deste ano, atingir-se o registo de 55 mil empreendedores formalizados a nível do país, com o objectivo de contribuir para o crescimento económico e social, potenciar a promoção do trabalho decente e a redução da pobreza.

A vez do Huambo
O processo de cadastramento de micro empreendedores residentes nas províncias do Huambo e do Bié decorrerá  no próximo mês de Fevereiro. Numa primeira fase, vão ser contemplados os comerciantes dos mercados de  Kissala e Omilo, no Huambo, e o Mercado Municipal do Kuito e Chissindo, ambos no Bié.
Para o arranque, actualmente, estão preparados 11 membros ligados à equi-pa multissectorial e oito brigadistas.
O processo contará com a participação de vários serviços disponíveis, nomeadamente serviços municipais da administração local, Guiché Único da Empresa, INAPEM, INSS, promotores de microcrédito e provedores de solução de pagamentos digitais por telemóvel.
Conforme fez saber a secretária de Estado para a Economia, Dalva Ringote, a meta para a província do Huambo é formalizar  5 600 micro empreendedores e outros três mil para o Bié, totalizando mais de oito mil registos nas duas províncias.
Uma vez tratar-se de um processo de âmbito nacional, o Ministério da Economia e Planeamento pretende, até Maio do corrente ano, dar início do Programa da Reconversão da Economia Informal (PREI) na Região Centro Sul, que engloba as províncias do Huambo, Huíla, Benguela, Bié e Cuanza-Sul, bem como pela Região Sul, integrada pelas províncias do Cunene, Namibe e Cuando Cubango. Quanto à região Norte, o processo será nas províncias do Bengo, Cabinda, Malanje, Uíge e Zaire, respectivamente.

171 mil agentes registados são utilizadores de pagamentos digitais

O sistema  de pagamentos digitais por telemóvel (Mobile Money) conta, actualmente, com  um total de 171 mil utilizadores integrados no quadro da operacionalização do Programa de Reconversão da Economia Informal (PREI).
De acordo com o relatado no briefing bissemanal, nos primeiros quinze dias de Janeiro foram registados mais mil utilizadores a nível dos mercados informais. Até ao momento, estima-se que 1 173 usuários desta plataforma encontram-se inscritos no Instituto Nacional de Segurança Social (INSS).
Até Dezembro deste ano prevê-se atingir a safra de 50 mil utilizadores, número este já ultrapassado com a implementação do processo de aceleração dos níveis dos mercados informais do país, com maior destaque, na província de Luanda, que concentra maior actividade económica.
Segundo pesquisa, no ano passado, a nível da plataforma digital de pagamento móveis, haviam criadas e activadas 697 contas do Mobile Money. Quanto à Segurança Social, os números revelaram uma tendência moderada, mas crescente, sendo que, desde o início da campanha até o final do ano estavam inscritos 716 operadores informais.
Dados globais pelo país dos utilizadores do serviço  “Mobile Money” atestam que mais de um milhão de angolanos já fazem recurso a esta via para comprar e pagar produtos diversos.
Os números  em causa apresentam uma evolução de mais de meio milhão de adesão só no espaço de um ano, significando uma forte preferência dos detentores de telemóveis em beneficiar da prestação de serviços bancários por via dos dispositivos digitais.
Movimentos interbancários
Um canal de apoio nestas iniciativas tem sido também a rede de serviços Multicaixas. Os números, recentemente, divulgados dizem que os valores movimentados na rede interbancária de serviços da EMIS, em 2021, totalizaram 17,6 biliões de kwanzas, o que representa uma subida de 32 por cento em relação ao ano anterior. Em termos acumulados, no ano passado, só em levantamentos e compras, foi registado o valor de 6,8 biliões de kwanzas nas Caixas Automáticas e 4,3 biliões nos Terminais de Pagamento (TPA).

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