FAA vão ganhar uma universidade militar

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As Forças Armadas Angolanas (FAA) e outros ramos de Defesa e Segurança do país vão ganhar, este ano, uma universidade militar para preparar os efectivos a fim de encararem com prudência, resiliência e determinação as situações atípicas resultantes da natureza do serviço que desempenham.

O anúncio foi feito, terça-feira (08), na cidade do Lubango, pelo ministro de Estado e chefe da Casa Militar do Presidente da República, na abertura da reunião de dirigentes das FAA, que se realiza até amanhã no Centro de Conferências Comandante Bula, localizado no Comando da Região Aérea Sul.

Francisco Furtado fez saber que a universidade vai formar, sobretudo, tropas com “forte temperamento do ponto de vista da consciência patriótica, cívica e jurídica”.

O ministro de Estado e chefe da Casa Militar do Presidente da República disse que é necessária a constituição de umas forças armadas mais robustas e flexíveis, tendo, por isso, defendido o rejuvenescimento e reequipamento, de modo a conferir-lhe maior capacidade operacional.

Referiu que a nova geração de militares deve ser instruída nos valores nobres que alicerçam a marcha “espinhosa e triunfal” dos antigos combatentes e veteranos da pátria, que contribuíram para o alcance da paz em todo o território nacional e o processo de desenvolvimento e progresso do país.

“Precisamos de fazer voltar o homem angolano à matriz cultural, ao seu heroísmo. Isto é possível nos quartéis e no lidar do chefe e o subordinado”, destacou.

Francisco Furtado salientou que as FAA representam um pilar inquestionável na preservação da estabilidade, defesa da soberania, integridade territorial e coesão nacional, razão pela qual sublinhou que a sua condução deve pautar-se pelos princípios mais sublimes, não deixando cair na malha daqueles que tencionam desestabilizar ou criar incertezas na longa marcha triunfal.

“Este acto patriótico enraizado nos angolanos nos anima e nos fortalece, pelo que expressamos um bem-haja a todos os efectivos das Forças Armadas Angolanas”, aclarou.

Ressaltou que a crise provocada pela pandemia da Covid-19 mostrou a necessidade de se pensar na formação das tropas no país. Para tal, disse que a solução passa pela construção de um estabelecimento de ensino superior. Sobre este particular, Francisco Furtado destacou que é fundamental que se continue a apostar no treinamento das tropas, através da realização de exercícios, manobras e aulas práticas nas várias especialidades, sem se perder de vista as ligadas às missões de manutenção de paz, ajuda humanitária, busca e salvamento.

O ministro de Estado e chefe da Casa Militar do Presidente da República afirmou, ainda, que a reestruturação em curso nos órgãos do Ministério da Defesa Nacional e Veteranos da Pátria e nas Forças Armadas Angolanas trarão melhorias na administração militar, no sistema de controlo e gestão dos efectivos, meios militares e técnicos, logísticos e financeiros, promovendo, deste modo, melhores condições de vida, de trabalho e bem-estar social dos oficiais, sargentos, praças e trabalhadores civis.

Entretanto, para a materialização deste fim, disse que é necessário persistência nos actos, maior interacção entre os órgãos e corrigir o que está errado, para criar sinergias no alavancar da força que assegura todo um trabalho.

Na sequência dessas directrizes, acrescentou a melhoria das condições de aquartelamento, o nível de vida e de trabalho das tropas, a qualidade da alimentação e do vestuário, entre outros quesitos indispensáveis, para o bem-estar dos efectivos.

Frisou que estes são desafios que continuam a marcar a agenda das prioridades do Executivo, que não tem poupado esforços na criação de políticas adequadas ao momento que se atravessa, com a aprovação de instrumentos jurídicos compatíveis com a actual realidade económica e financeira do país, com destaque para a criação de estabelecimentos de ensino em todos os ramos das Forças Armadas.

A reunião dos dirigentes das Forças Armadas Angolanas realiza-se sob o lema central “Reforçar a organização e a capacidade operacional das FAA, à luz da directiva do Comandante-Em-Chefe, sobre a reestruturação e redimensionamento do Ministério da Defesa Nacional e Veteranos da Pátria e das Forças Armadas Angolanas”.

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