Banco Mundial financia agentes da agropecuária

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A terceira fase do Projecto de Transformação da Agropecuária Familiar e Comercialização (MOSAP III) prevê beneficiar 600 mil pequenos agricultores, segundo o consultor ambiental do Banco Mundial, João Baptista.

O responsável, que abordou o assunto quinta-feira, em Ndalatando, junto do Governo Provincial do Cuanza-Norte, num acto de consulta pública, afirmou que a nova fase do programa, que tem um financiamento do Grupo Banco Mundial de 400 milhões de dólares, arranca já em Março e deve durar cinco anos.

De acordo com o consultor, o projecto tem como objectivo dinamizar o processo de diversificação económica nacional, através da expansão de técnicas agropecuárias, além de permitir a criação de condições de resiliência climática e de segurança alimentar no país.

O ambientalista avança que o plano prevê, de igual modo, o reforço do Projecto de Desenvolvimento da Agricultura Comercial (PDAC), a julgar pelos resultados satisfatórios que já apresenta.

João Baptista fez saber que o projecto vai ser desenvolvido em 17 províncias do país, com particular destaque para aquelas “severamente afectadas pela seca, fracos níveis de segurança alimentar e sob ameaças de mudanças climáticas”. Esclareceu que a província de Cabinda é a única fora do programa, pelo facto de possuir um projecto semelhante.

O responsável salientou que um dos principais componentes do MOSAP III é a melhoria da qualidade das sementes, através de técnicas agrárias específicas, visando o aumento de produção por cada hectare.

Nas fases anteriores do projecto (MOSAP I e MOSAP II), os camponeses tinham rendimentos de 700 quilogramas de milho por cada 100 metros quadrados, obtidos através de 30 quilos semeados, mas que, depois da introdução de técnicas modernas, passaram a colher 2.500 quilogramas, com a mesma quantidade de semente planatada por hectare, disse.

João Baptista avançou que o MOSAP III abarca, na sua estrutura, critérios de financiamento para a criação de condições de obtenção de água agrícola para a irrigação e para dar de beber ao gado, através da criação de infra-estruturas e tecnologias acessíveis e sensíveis ao clima.

O consultor acredita que, com a implementação desta iniciativa, seja possível aumentar a pecuária, fortalecer sinergias e integrar melhor a agricultura no apoio à diversificação económica, principalmente no que toca à protecção contra ventos extremos e, com isso, fomentar a participação da produção dos produtos comerciais.

Implementado em 2016, com a designação de MOSAP e posteriormente MOSAP II, o projecto foi criado com a perspectiva de melhorar a segurança alimentar e reduzir a pobreza no meio rural, por meio do aumento da produção e comercialização de produtos, como a mandioca, feijão, milho, batata-rena e hortícolas.

O MOSAP II foi implementado nas províncias do Huambo, Bié e Malanje, nas quais foram criadas três mil 972 escolas de campos e capacitadas 97 mil 159 famílias camponesas.

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