Angola na parceria do ECOSOC 2022
Angola participou no Fórum de Parceria do ECOSOC 2022, realizado na sede da Organização das Nações Unidas (ONU), em Nova Iorque. Na sua intervenção, o representante permanente adjunto da missão de Angola junto da ONU afirmou que o país, tal como os outros Estados, foi severamente afectado pela crise pandémica, principalmente devido à queda do preço do petróleo nos mercados financeiros internacionais e ao condicionamento da actividade produtiva nacional.
Segundo o Embaixador João Gimolieca, as medidas de contenção da pandemia afectaram directamente a rentabilidade e oferta dos negócios e aumentaram o desemprego em larga escala, enumerando os três grandes desafios que o país enfrenta a curto e médio prazo para a implementação dos Objectivos do Desenvolvimento Sustentável, nomeadamente manter a economia sob controlo, em particular, para o equilíbrio das contas fiscais, as contas externas e a estabilidade do poder de compra da moeda nacional, apoiando a recuperação económica e o desenvolvimento do sector privado.
Defendeu igualmente a implementação de programas sociais para combater a pobreza e o desemprego, agravados pelas crises económica e sanitária da Covid-19 e pelas alterações climáticas.
O segundo grande desafio, de acordo com o diplomata, centra-se na aceleração dos esforços de diversificação económica, para reduzir a vulnerabilidade estrutural, reconhecida no pedido de adiamento da graduação de País Menos Avançado (PMA) para Fevereiro de 2024.
Apontou ainda a melhoria da qualidade da educação e das competências profissionais dos jovens, bem como a transferência de tecnologia de forma a promover um desenvolvimento mais sustentável, resiliente e contribuir para a diversificação da economia.
João Gimolieca frisou que o lema “não deixar ninguém para trás” está patente no Plano Nacional de Desenvolvimento (PND) de Angola, nomeadamente, na igualdade de género e na criação de melhores condições para todos os angolanos.