África gasta 50 mil milhões de dólares na importação de produtos

 In Diplomacia

O continente africano gasta pelo menos 50 mil milhões de dólares americanos por ano na importação de alimentos que pode produzir, informou, quarta-feira, em Adis Abeba (Etiópia), a Comissária da União Africana (UA), Josefa Sacko.
A comissária da UA fez este pronunciamento no evento em formato virtual promovido pelos representantes da França e Itália junto das Agências das Nações Unidas em Roma (Itália) que serviu para discutir a possibilidade da criação de uma iniciativa da União Africana e União Europeia para apoiar a produção e utilização de proteínas vegetais em 15 Estados membros da UA.

Segundo a diplomata, este dinheiro pode ser economizado para apoiar a produção local e aumentar a renda dos produtores, e assim, alcançar a autos suficiência alimentar e reduzir a dependência da importação de alimentos.

Josefa Sacko disse que o espírito e o conteúdo da posição africana estão alinhados de forma para a transformação agrícola em África, conforme, articulados no Programa de Desenvolvimento Agrícola Abrangente da África (CAADP), que se espera venham transformar a sua agricultura para atingir múltiplos objectivos.

“A redução da pobreza ao apoiar pequenos agricultores a se transformarem de agricultores de subsistência em agricultores comerciais, Pequenas fazendas podem ser lucrativas se bem apoiadas e com oportunidades de mercado sustentáveis ​​para seus produtos”, sustentou.

Sublinhou também que o sector agrícola tem um grande potencial para criar empregos para milhões de jovens desempregados , usando uma cadeira de valor tanto na produção primária quanto nas actividades pós-agrícolas (transporte, processamento e comercialização).

Em relação às as proteínas vegetais, Josefa Sacko considerou fundamentais na maioria das dietas africanas, principalmente , o feijão, feijão-fradinho, grão de bico, soja, amendoim, dentre outras entre outros.

Fez saber que estes produtos são nutritivos, tendo a posição comum de África para a Cúpula de Sistemas Alimentares da ONU, determinado que um dos caminhos para mudar “o jogo , é promover o cultivo e o consumo de alimentos nutritivos tradicionais e indígenas”.

Quanto à África Subsaariana frisou que estes países não estão no bom caminho para cumprir sua meta de desenvolvimento de acabar com todas as formas de fome e desnutrição até 2030 e as metas da declaração de Malabo-2014 .

Segundo a diplomata, a fome nesta parceira do continente está a aumentar em todas as regiões e quase 20 por cento da população do continente está subnutrida, a mais alta do mundo, derivada das mudanças climáticas e da Covid-19, que levaram 30 a 40 milhões de pessoas à pobreza.

Josefa Sacko deu a conhecer que “nosso terceiro relatório de revisão bienal apresentado pelo Primeiro Ministro da Etiópia aos Chefes de Estado africanos durante sua cúpula que terminou a dias indica que apenas um país-Quénia – está no caminho certo para atingir o objectivo de acabar com a fome até 2025”, lamentou.

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