Activista quer maior protecção à criança

 In Social

O país deve reforçar a execução de programas setoriais e abrangentes de saúde materno-infantil, para garantir a nutrição, vacinação, proteção da criança contra a VIH / Sida. Esta posição foi defendida, quinta-feira (02), em Luanda, pela presidente da associação Luta pela Vida.

Inês Gaspar avançou que a implementação dos programas de ajuda para prevenir e facilitar o acesso ao tratamento anti-retroviral às crianças e diminuir o impacto do VIH / Sida nessa camada da população.

A activista, que falava durante uma palestra, subordinada ao tema “O Impacto do VIH / Sida em Crianças Angolanas”, considera que o impacto da doença em menores infectados e afectados é grande e requer a contribuição de todos, para que se garanta um amanhã melhor às novas gerações.

A presidente da Luta pela Vida considerou, ainda, que a  morte por tuberculose entre as pessoas vivendo com HIV (PVHIV) está longe das propostas para 2020, em que previa a redução de 75% dos óbitos por esta enfermidade neste grupo. “Em vez disso, Angola regista um aumento de 18% de mortes em relação à linha de base de 2010”.

Inês Gaspar realçou que o impacto dos sistemas de saúde, educação, emprego e acesso aos recursos ser, ainda, deficitário e  tem maior incidência sobre crianças infectadas e afectadas pelo VIH/Sida.

A activista alertou que essas crianças são, igualmente, susceptíveis de sofrerem com a perda de rendimentos dos seus tutores, serem violentadas, abandonadas por causa do aumento da pobreza, serem estigmatizadas, padecerem de má nutrição ou morrerem antes de atingir a maior idade.

Diante cenário, Inês Gaspar considera que o estigma e a discriminação, fraco sistema de retenção de pacientes, baixa informação e formação nas comunidades, incluindo uma falta de desenvolvimento de um programa de comunicação favorável e outras barreiras culturais relevantes, continua a representar um desafio para o país e parceiros.

Baixa prevalência

A presidente da Luta pela Vida referiu que Angola tem uma prevalência relativamente baixa de 2% entre a população de 15 a 49 anos de idade, sendo que há uma predominância entre as mulheres (2,6%) do que em homens (1,2 %). Já entre 15 e 24 anos, a prevalência é de 0,9% e 2,1%.

 

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